O Casal de Brasileiros que Adotou Okinawa como sua Casa

Hoje eu venho contar para vocês a história de um casal apaixonado, não somente um amor entre eles, mas pelo café também. Os dois, chamados Priscilla e Thiago, já passaram por muitas aventuras juntos e, a maior delas, morar no Japão.

A história de hoje é para mostrar o amor de duas pessoas que se esforçaram muito para chegar aonde chegaram e tem um amor por café. A bebida é um elo entre os dois e faz parte do dia a dia da família brasileira que adotou o Japão, principalmente Okinawa, como a sua principal casa.

Onde tudo começou

O casal de brasileiros se casou em julho de 2004 e, um ano após, á estavam embarcando para o oriente em busca de oportunidade. O Japão, essa terra que acolhe muito bem quem buscar recomeçar a vida, foi o local escolhido para que pudessem mostrar os seus esforços.

Na ilha japonesa o começo não foi tão fácil, já que os dois trabalharam grande parte do período em fábrica de autopeças. O grande salto na vida profissional aconteceu quando Thiago agarrou a chance e fez um curso de solda, ao qual ganhou o certificado de soldador. Hoje, tem a sua própria empresa e faz colocação nas fábricas em Okinawa, onde vivem.

Depois de todos esses anos, o maior fruto dos dois é o seu pequeno filho, que recebeu a graça de Kauai, nascido ano passado. Hoje, com apenas 1 ano e precisando de cuidados e acompanhamento como qualquer outra criança, Priscilla se tornou mãe por tempo integrar para o melhor desenvolvimento do seu amado filho. Além disso, ajuda na parte da contabilidade da empresa do marido.

Em Okinawa, ela também chegou a trabalhar em um serviço de hotel realizando a função de recreação na piscina. Como estava fazendo faculdade de Turismo, era a oportunidade em se aprofundar e ganhar experiência. Porém, com a gravidez os planos foram adiados, mas não cancelados. 

Por que Okinawa?

O casal nem sempre morou na ilha de Okinawa, mas o encanto pelo local aconteceu durante uma viagem de férias em 2017. O ambiente, a localização e tudo o que a região oferece os fizeram se sentirem em casa. A simplicidade dos dias que passaram lá foi o que mais chamou atenção.

Todavia, a ilha já tinha chamado atenção deles muito antes, quando fizerem um curso de mergulho na Open Water Diver, no ano de 2015. Priscilla recorda que o instrutor sempre falava da região, das músicas e tudo o que envolvia Okinawa. Assim, a vontade de morar lá foi crescendo.

Thiago foi morar primeiro, para que pudesse organizar tudo o que fosse necessário para mudança. Dessa forma, ela foi dois meses depois para que pudessem continuar a vida no Japão, agora em uma nova residência. A adaptação foi tranquila e mais rápida do que esperavam.

A Vida em Okinawa

A região sempre foi o sonho do casal, depois que passaram a conhecer a sua existência. Os dois possuem enorme gratidão pela oportunidade de estar vivendo na ilha e pelo carinho do povo, já que afirmam que os moradores locais possuem um “coração bom”. São sempre calorosos e possuem admiração pelo casal que veio de tão longe e estarem por lá construindo a vida.

Para se manterem ainda mais em contato com os moradores e criar laços de afinidades, bem como construir amizades, uma das formas encontradas foi realizar aulas de Sanshin, que é um instrumento musical típico de Okinawa. Os dois fazem aulas desde quando moravam em Osaka e continuaram aprendendo na nova região em que moram.

O instrumento não somente trouxe a oportunidade em aprender algo novo, como Thiago também participou dos Festivais de Eisa logo que chegaram. O casal ainda participou de reunião do grupo confraternização de fim de ano em que ele também se vestiu de papai noel para levar presentes para crianças.

Porém, no último ano, devido a pandemia, não foi possível fazer novamente a comemoração de Natal, somente um vídeo foi gravado dizendo que era para todos se cuidarem e que não teria presentes pessoalmente.

Os vizinhos praticamente fazem parte da família e são pessoas queridas do casal, já que sempre que podem acabam se reunindo e um indo na casa do outro. A mistura de cultura entre os brasileiros e os japoneses é o que faz a amizade.

O que parece ser um país único: Okinawa

A vida é única em Okinawa, com sua cultura e costumes próprios. Até os próprios japoneses acreditam que a região não faz parte do Japão, que é um país único. Priscilla diz que não tem nenhum conhecido ou descendentes na região, mas que fica admirada com a conexão que possui com a região e pelo amor que recebe diariamente.

O dia a dia, quando relacionado as questões de custo de vida, não é tão diferente do restante da região do país. O aluguel possui o mesmo preço base, mas claro que depende do apartamento e da localização, assim, os valores aumentam ou diminuem. Thiago e Priscilla conseguiram uma casa no bairro que desejavam e com tudo o que sempre sonharam.

Já as opções de trabalho, por conta de uma ilha turística gira em torno do turismo. Os hotéis e os comércios locais são os que fazem girar a economia em Okinawa, mas há opções de empregos em diversas áreas. As oportunidades aparecem dependendo da fluência no idioma japonês ou até mesmo do inglês, por conta da base militar dos EUA.

O salário, quando comparado ao restante do país, em Okinawa é relativamente mais baixo. Porém, tudo depende do estilo de vida, comenta Priscilla. A alimentação é mais barata também quando levado em consideração as demais regiões do Japão.

Para quem pratica o campismo e não abrem mão do contato com a natureza, Priscilla indica esse acampamento www.shikiyacamp.com   Importante lembrar que Okinawa ainda se encontra no estado de emergencia, até o dia 20 de agosto e até o fechamento dessa matéria, não estavam sendo aceitas reservas para o feriado.

A aventura do casal pelas cafeterias de Okinawa

O casal possui o costume de beber café todos os dias, sendo uma das bebidas que mais amam e apreciam. O amor é tanto que hoje possuem o hábito de ir em diversas cafeterias da região, sendo um dos principais lazer e passa tempo dos dois. Para eles, o café tem o aroma de amor no ar.

Outro ponto é que eles tinham o hábito de preparar a própria bebida em casa, sempre usando coadores manuais. Tudo era feito com aqueles filtros de papel que estamos bastante acostumados. Porém, com o passar do tempo e a curiosidade em se aprofundar ainda mais no tema, começaram a procurar e conhecer as cafeterias da ilha.

Assim, durante o tempo livre para se distrair e buscar uma forma de sair da rotina diária, aventurar-se pelas diversas cafeterias e aproveitar para conhecer tudo o que elas tinham a oferecer, tornou-se um hábito dos dois que fazem questão de manter até hoje.

A cafeteria mais amada pelos dois é o Kona’s Coffee e gostam da culinária Havaiana como acompanhamento. Além de servirem pratos deliciosos, tem uma cara bem colorida e tropical. Uma das especiarias mais pedidas para acompanhar um delicioso café havaiano é o Pancake, um dos pratos mais queridos da casa, nas versões doces e salgadas.

Os grãos são moídos imediatamente após o recebimento do pedido, pouco antes da infusão,  assim você poderá desfrutar do aroma e sabor originais do café nas melhores condições. A sugestão dessa estação é o Moana Blend e pude experimentar recentemente. A bebida tem um sabor equilibrado, com um leve amargor e um aroma de chocolate. É recomendado para quem adiciona leite ou açúcar.

Além do Kona’s Coffee, as outras cafeterias que os dois indicam e possuem costume em apreciar uma deliciosa bebida são: The Calif, Mother Coffee,  Zhyvago Coffee, Cafe Curcuma e Jack in the Donuts.

Em outra oportunidade eu falarei com mais detalhes de alguma delas, mas caso queira conhece-las, basta clicar nos nomes das cafeterias mencionadas, que você será automaticamente direcionado para os sites oficiais.

E você? Tem alguma cafeteria de sua preferência? Me conta qual você mais gosta? Já pensou em aprender a trabalhar com Café e se profissionalizar na área? Venha Comigo!