Berlim: Uma Cidade de História e Encantos

Entre os dias 6 e 8 de junho, eu e meus alunos acompanhamos e prestigiamos a World of Coffee em Berlim. Apesar de não sobrar muito tempo para passeios, tentamos aproveitar todo o tempo possível para conhecer a cidade.

Assim que chegamos, me encantei com Berlim. Confesso que eu não estava preparada para isso. A cidade é extremamente limpa e as pessoas são muito educadas. Um lugar que transpira história e faz questão de preservá-la ao mesmo tempo que se moderniza.

Vi muitos turistas, porém não o suficiente para superlotar os lugares e isso me fez ter mais interesse e querer explorar o máximo que fosse possível o local.

Andar pelas ruas nos faz sentir que estamos em um enorme museu a céu aberto, onde cada canto tem algo para nos contar. Simultaneamente ficamos impressionados com designs tão modernos e bateu um certo arrependimento por não ter agendado um dia a mais nessa cidade encantadora.

E os Ursos….

Por todos os lados vemos desenhos e estátuas de ursos e pesquisando descobri que eles têm uma forte ligação com a cidade de Berlim.

Essa ligação pode ser vista, por exemplo, na bandeira berlinense, onde o mamífero aparece ereto sobre as patas traseiras e de língua de fora.

O casal Klaus e Eva Herlitz, inspirados pelas vacas que podem ser encontradas nas ruas de Zurique e nas da cidade de Nova Iorque, resolveram aplicar a idéia a Berlim, mas usando ursos.

Com isso, surgiu a idéia dos projeto dos Buddy Bären (também conhecidos na tradução para o inglês, Buddies Bears, ou seja, Ursos Camaradas).

Os primeiros protótipos dos ursos foram criados por Anne e Roman Strobel, que estudavam na Universidade de Artes de Berlim. Na primeira exposição dedicada a eles, havia mais de cem das estátuas.

Fizeram tanto sucesso que ainda podem ser vistos pelas ruas da cidade alemã. Há uma enorme diversidade de posturas entre eles, além de suas cores muitas vezes possuem relação com as tradições do local da cidade em que se encontram.

O hotel em que nos hospedamos era muito bem localizado, fica próximo à Torre Berliner Fernsethum, que é uma torre de televisão com as melhores vistas de Berlim e acima do mirante ainda possui um restaurante giratório.

Esse lugar lembrou a torre Sky Tree, em Tóquio, pela leve (no dia eu poderia jurar que eram idênticas!) semelhança entre as torres.

Também estávamos próximos ao rio Spree com vários restaurantes e cafés. O por do sol próximo ao rio é lindo e no verão ocorre por volta das 22 horas.

Um passeio de barco é uma ótima oportunidade de conhecer a cidade e existem opções diurnas e noturnas.

Tentamos ir ao museu Altes Museum, na ilha dos museus, porém estava fechado, então aproveitamos o Parque de Lustgarsten que tem uma linda vista para a catedral. Para a nossa sorte, fazia sol, que dizem ser bem um produto raro na Alemanha.

Do Passado ao Presente

Visitamos o memorial aos judeus mortos na Europa, também conhecido como Memorial do Holocausto e lá você pode ouvir áudios da história em vários idiomas.

Sinceramente, optei em não ouvir, pois já conheço a história e não quis relembrá-la já que se trata de um momento triste que durante o regime nazista, 6 milhões de judeus foram mortos.

Este monumento consiste em 2.711 blocos de concreto cinza bem escuro, organizado em fileiras paralelas e com o piso irregular.

Esses blocos não contem textos, nomes ou fotos e andar por entre as fileiras dá uma sensação de ser engolida, um sentimento de paz e tristeza ao mesmo tempo, acredito que causado pelo silêncio e respeito dos visitantes, falando sempre baixo.

Poder visitar Berlim e observar atentamente a cidade é ver um local moderno com um passado triste, que em nenhum momento eles tentam esconder, porém aproveitam como uma lição e usam como exemplo para que erros do passado sejam corrigidos no presente e no futuro.

Sou muito realizada como Barista e professora, pois além de poder ensinar o que tanto amo, eu tenho a oportunidade de viajar pelo mundo seguindo a minha paixão pelo café e consequentemente conhecendo novos lugares, culturas, pessoas e histórias.