Tudo bem, não posso me gabar de entender alguma coisa de Rugby, mas achei muito bacana o Japão finalmente sediar o campeonato mundial e às vésperas das Olimpíadas que também acontecerá em terras nipônicas em 2020.
A Copa acontece a cada quatro anos e o Japão tinha tentado sediar as edições de 2011 e 2015, mas não conseguiu. Mais tarde, teve sucesso em ser escolhido para ser a sede da edição de 2019, a primeira a acontecer no continente asiático.
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Você pode achar que esporte no Japão se resume a caratê, sumô, baseball e à constante tentativa de fazer o futebol dar certo, mas não é bem assim.
A terra dos samurais tem lá sua história com o rugby, esporte que foi introduzido pelos ocidentais no final do século XIX.
Por exemplo, o Japão conseguiu se classificar para todas as edições da Copa do Mundo de Rugby desde a primeira, que foi disputada no ano de 1987.
Além disso, a equipe nipônica ganhou quase todas as edições do Campeonato de Rugby da Ásia. Isso tudo, porém, nem sempre é o bastante para vencer os melhores times do planeta.
Enfim, apesar de nunca ter ficado entre os oito primeiros na Copa do Mundo de Rugby, o Japão tem encontrado mais sucesso no esporte da bola oval do que no da bola redonda, mesmo tendo sediado a Copa do Mundo de Futebol em 2002 em parceria com a Coréia do Sul.
E em campo? O jogo de abertura aconteceu em 20 de setembro no Estádio Ajinomoto. É, o nome da empresa do Caldo Sazón, que comprou os direitos de nome do local. Assim como, no Brasil, o Palmeiras é dono do Allianz Parque, que tem esse nome por causa da empresa de seguro Allianz.
O estádio japonês também é chamado de Estádio Tóquio. Lá, 50 mil torcedores assistiram à equipe japonesa ganhar dos russos de 30 a 10, confirmando o favoritismo.
O Rugby bem Pertinho de Mim
Fiquei entusiasmada com o assunto porque a minha cidade, Kumagaya foi uma das cidades escolhidas para receber os jogos da Copa do Mundo de Rugby.
O estádio de rugby local foi construído no começo dos anos 90 com uma capacidade de 20 mil pessoas, metade delas sentadas.
Com as renovações pelas quais passou nos últimos anos, passou a poder receber 24 mil pessoas, todas sentadas. Além disso, uns seis mil assentos temporários foram acrescentados especialmente para a Copa.
E como acontece com praticamente qualquer evento de grande porte, os japoneses têm a oferecer boas acomodações para o público e para os participantes, sistema de transporte muito bom e infraestrutura esportiva, especialmente estádios, de primeira. Tudo com a habitual organização invejável e em um país bem seguro.
Foi montada uma Fanzone a 5 minutinhos da estação central com instalação de um telão gigantesco, free wi-fi, muitas barraquinhas de comida e banheiros limpos para que os visitantes pudessem se divertir antes e pós jogo. Também foi disponibilizado ônibus gratuitos para ida e vinda do estádio.
A vida noturna da minha cidade também é digna de nota, com bares e restaurantes. Falando de restaurantes e voltando ao rugby, a cidade é apaixonada pelo esporte.
Há até um bar, o Teppachi Hakkai com uniformes de rugby como parte da decoração. E os torcedores ou curiosos assistem as partidas dos times lá. O último jogo aqui foi no dia 09/10 e confesso que sentirei saudades da cidade cheia e das torcidas barulhentas.